terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dia 7 - Siena

Eu tinha planejado algo muito legal pra fazer no sétimo dia... mas não deu certo. Fiquei chateado e tal... mas é isso aí...

ob-la-di, ob-la-da, life goes on, bra...

Pelo menos agora tenho um motivo pra voltar pra Itália (bom, além da Sicília, Veneza, ir de novo em Roma, Lucca, etc. etc.)

Então tirei o dia pra passear em Siena. O bacana é que mesmo no calor de 200 graus a cidade fica sempre gelada. Suas ruas estreitas com prédios ee paredes grossas e úmidas geram sombras sempre fresquinhas e agradáveis.

A cidade estava a poucos dias do grandiosíssimo Palio de Siena (ê Fiat, quanta criatividade...) O Palio de Siena é uma corrida de cavalos ao redor da Piazza del Campo. Acontece duas vezes por ano e deixa toda a cidade em polvorosa, com bandeiras pra tudo quanto é lado. Pra entender a rivalidade do negócio é só imaginar como seria uma final de Copa do Mundo entre Brasil e Argentina. Só que com os argentinos sendo seus vizinhos da frente.

Mas é à noite que fica ainda mais gostoso caminhar por Siena. Parece um imenso shopping center, só que a céu aberto. Galerias, lojas, restaurantes, sorveterias e gente andando pelos corredores estreitos da cidade até altas horas. Tudo isso com uma absoluta sensação de segurança. Enfim, toda a parte boa de um shopping somado ao charme medieval da cidade.

E o que é mais legal: em quantos lugares do mundo a gente encontra um quarteto de cordas de bermudão e chinelos tocando Eine kleine Nachtmusik no meio da rua?

E com participação especial da Ana Maria Braga...


GALERIA DE FOTOS


Lembra que eu falei pra prestar atenção no chão? Pois bem, quando acordei pela manhã ele misteriosamente estava todo coberto de terra para o palio



As bandeiras


 Ah, quem dera tivesse uma loja assim perto de casa... queijos, salames, presuntos e azeites de tudo quanto é tipo


O duomo




À tardinha e durante a noite




Dia 6 - Siena

Aqui vai uma verdade sobre os trens na Itália: eles SEMPRE atrasam... a menos que você chegue à estação dois minutos dopois do horário...

Trem perdido, roteiro do dia indo praticamente pro beleléu... nada a fazer a não ser esperar pelo próximo. E enquanto esperava se aproximam dois policiais armados.

- documento

Lá vem dor de cabeça...

- Aqui está, sr. policial italiano

Entreguei o passaporte pro cara. Ele olha página por página e quando pensei que ia me devolver, tira uma caderneta do bolso e começa a fazer diversas anotações

What the hell? Pra que isso agora, pensei.

E por mais que você saiba (ou pelo menos ache) que está tudo certo, acaba batendo uma ansiedade pra que aquilo termine logo... mas não terminava. O cara virou a página e continuou anotando. Enquanto isso me lembrei da tal da questura... eu tinha lido em algum lugar que é necessário informar a questura italiana sempre que você for ficar mais de dez dias no país...

putz, como eu fui esquecer disso? Será que ele vai encher o saco por causa desse troço? Damm it, não devia ter empurrado com a barriga! pensei.

E enquanto eu fazia minhas suposições malucas e paranóicas de que sairia dali algemado, ele acabava praticamente de copiar meu passaporte todo. Então finalmente me devolveu e agradeceu. Pensei em perguntar o porquê daquela checagem, Se era algo rotineiro ou se eu tinha cara de suspeito. Mas em vez de perguntar preferi observar se eles iam pedir o documento pra mais alguém na estação.

Não pediram ¬¬

Finalmente peguei o trem rumo a Siena. Estava indo de volta pra Toscana, minha região preferida da Itália.

Lá ia seguindo o trem, todo bacanão, pelas belas paisagens da Toscana quando de repente se aproxima de uma estação chamada "Castellina in Chianti-Monteriggioni"

Me deu um frio na espinha na hora. Eu SEMPRE quis conhecer o castelo de Monteriggioni e não fazia ideia de que o trem ia passar por ali.

Eis o lugar onde quero ir. Peguei a foto do site do castelo. Por razões óbvias ainda não posso fazer imagens aéreas

Eu tinha 25 segundos pra tomar uma decisão antes do trem seguir viagem: descer ali com toda a mochilona nas costas, em um lugar que não conheço, sem nenhum planejamento e conhecer Monteriggioni. Ou deixar pra lá e seguir viagem.

20 segundos...

- Cara, eu disse pra mim mesmo, é sua chance de conhecer Monteriggioni. Desce do trem e vai logo pra lá

15 segundos...

- Anda, meu! Desce logo do trem que já vai fechar a porta... larga a mão de ser bundão.

10 segundos...  

Foi então que num raríssimo momento de sensatez eu disse pra mim mesmo: "Você está louco??? Vai descer numa cidade que você não conhece com 15kg de bagagem nas costas? Torrar debaixo desse sol por sabe-se lá quanto tempo? E Além disso você nem tem ideia do caminho pro castelo de Monteriggioni. Tá na cara que vai se perder... esquece essa história!

5 segundos...

- Ah, que se dane... já tô aqui mesmo...

Peguei minhas coisas e pulei do trem pra tentar achar o caminho desconhecido que me levaria a Monteriggioni.

- Putz, que merda que eu fiz???? Melhor voltar correndo pro trem!

Tarde demais, a porta se fechou e o trem foi-se embora me largando sozinho ali no meio do desconhecido.

Eu devia dar mais ouvidos ao meu lado sensato...

Saí da estação e descobri que estava em uma cidadezinha chamada Castellina Scalo. Tão pequena que em 10 minutos eu já tinha saído dela. Achei uma placa que indicava Monterrigioni e segui pela rodovia.

A tal cidadezinha microscópica

Sim. Pela rodovia. Lá estava eu, igual um burro de carga, sob o sol da Toscana*, com 500kg nas costas e andando por uma autoestrada com carros a 90km por hora zumbindo no meu ouvido.  Mas o bacana é que a paisagem toscana sempre faz valer a pena.


Andei vários quilômetros sem nem sinal do castelo. E claro, quanto mais eu andava, mais longe ficava pra voltar. Já estava achando que tinha feito a maior besteira do mundo e pensei em desistir. Mas depois de andar mais um pouco avistei uma colina e os muros de Monterrigone lá em cima.


As torres do castelo láááá longe, no alto da colina. E também um pedaço da rodovia.

Vocês não imaginam como estava quente. O sol é daqueles que arde. Subi toda a colina e quando atravessei as portas da cidade estava encharcado de suor. E provavelmente sem alguns dos meu preciosos kg.


O finalzinho da estrada, quase chegando na porta do castelo

Mas valeu a pena. Monterrigione é super bacanuda. Toda a colina é repleta de vinhas e lá de cima tem-se uma visão muito bacana da paisagem toscana.



Dentro dos muros



  
As vinhas, onde são produzidas uvas pro vinho Chianti






Depois de descansar um pouco na cidade. Fiz todo o caminho de volta até a estação. Cheguei lá exatamente um minuto antes do trem que sairia pra Siena.

Incrível! Absolutamente incrível!

Eu não estava acreditando. Tinha saído completamente do roteiro, me metido em um lugar totalmente desconhecido, sem nenhum planejamento e tinha dado tudo certo?? Algo não estava fazendo sentido...

Mas tudo bem. Lá estava eu no trem pra Siena. De volta ao roteiro. Tudo planejado, mapas preparados, etc. O pior tinha ficado pra trás

Desci na estação e fui atravessar a rua. Esperei um tempão e nada de parar de passar carro. Nisso vem uma moça de trás e simplesmente se joga no meio da avenida. Os carros, claro, param pra ela passar, assim como em Roma. Se todas as cidades fossem assim meus problemas com travessia de rua estaria solucionado...

Fui caminhando até o centro e... putz... o que esse povo tem contra construir cidades em lugares baixos? Por que tem que ser tudo em cima das colinas? Com a articulação do joelho direito ainda toda ferrada por causa das trilhas de 5terre, não foi fácil escalar o morro até o centro histórico de Siena.

Trezentas mil ruazinhas estreitas depois, cheguei à piazza principal da cidade. "Bom, agora é só procurar o hotel e me livrar logo dessas tralhas". Teoricamente o hotel deveria ficar perto da piazza. Mas sem brincadeira nenhuma, Siena parece um labirinto de ruas estreitas e construções medievais. Quando passei pela quinta vez em frente à mesma loja percebi que estava perdido.

Peraí.. eu desço num lugar desconhecido, ando kms por uma rodovia maluca e tudo dá certo? E agora que estou de volta ao planejado me perco? Qual o sentido disso?

Ahá, mas por essa ninguém esperava. Calejado que sou, dessa vez eu trouxe os mapas da Itália no meu GPS. Dei dois tapinhas nas minhas costas, me cumprimentando pela genialidade. "Quando teve a fila pra distribuir inteligência eu cheguei cedo e ainda entrei duas vezes", pensei. Com o celular na mão apertei alegremente o botao pra ligar o GPS que me mostraria com perfeição o caminho a seguir.

A tela ficou acesa por cinco segundos. Apareceu o aviso de bateria fraca e desligou tudo na minha cara. Tentei religar mas já era... a bateria tinha ido pro saco.

Tentar achar o caminho sozinho era inutil. Não ia adiantar nada ficar andando à esmo por aquele labirinto com 300kg de tralhas nas costas. Ainda mais depois de ter ido a pé pra Monterigione. Ah... uma detalhezinho. Eram 18:30. A recepção do hotel fechava às 19hs. Se eu nao achasse a dita cuja em meia hora corria o risco de passar a noite na rua.

Deixa eu explicar. Na realidade não é bem um hotel. Esse pessoal tem uma série de quartos em diversos prédios espalhados pelo centro de Siena. Então você chega até essa recepção central e de lá eles te encaminham para algum desses quartos. Como é um esquema muito caseiro, não tem estrutura pra recepção 24hs.

Mas pra que me desesperar, correto? Sentei na piazza del Campo, coloquei minha mochila no chão e fiquei observando o lugar enquanto esperava alguma ideia genial surgir na minha mente. E que lugar bacana. Famílias, casais, gente jovem, velha, cachorros e tudo quanto é ser vivo aproveitando o fim de tarde ali na piazza.

Claro! O notebook!

Lá estava a ideia pela qual eu esperava.

Tirei ele da mochila e praticamente montei um escritório a céu aberto em plena Piazza del Campo. Usei o cabo USB do celular para liga-lo ao notebook e voila! Funcionou que é uma beleza.



A piazza onde montei meu nucleo de operações via satélite. Ahh, por favor reparem no chão (a parte cinza)

Cheguei à recepção 19:30. Olhei pela porta de vidro e tinha uma mulher falando no telefone enquanto duas crianças corriam ao redor dela. Ela fez sinal pra eu entrar. Inutilmente mandava as crianças ficarem quietas ao mesmo tempo em que tentava fazer a pessoa que estava do outro lado da linha desligar.

- ok...
- si...
- ok...
- si... si...

Duzentos milhões de monosílabos depois ela conseguiu desligar o telefone e deu um suspiro de alívio. Eu também. Aparentemente fui salvo por seja lá quem for aquele chato que estava do outro lado da linha e nao deixou a mulher ir embora no horário.

Check in feito. Ela pegou as duas crianças e foi me levar até onde seria o meu quarto. Entrou por uma ruazinha, virou em outra e foi se embrenhando pelo meio do labiritno que é Siena.

Logo eu, o maior especialista em se perder do mundo...

Quando chegou lá pela quinta rua eu já não tinha mais a menor ideia de como sair dali. E pior. Se saísse, jamais ia conseguir voltar. Estava pensando até em deixar predegulhos pra marcar o caminho quando finalmente ela chega até o prédio. Olho pro lado e vejo uma ruazinha reta que leva direto pra Piazza del Campo.

Respirei aliviado. Nem mesmo eu ia conseguir me perder ali...

*Prometo que é a últinma vez que uso essa expressão =P

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dia 5 - Cinque Terre

Finalmente tinha chegado o temível dia de encarar o trecho mais difícil da trilha. O trajeto entre Vernazza e Monterosso. Logo na entrada tem um aviso dizendo pra fazer esse trecho bem de manhãzinha ou no final da tarde, por causa do calor. Como eu tinha levantado tarde, comecei a trilha quase meio dia. E já que tinha ido até ali resolvi seguir em frente... grande erro.

Subindo a montanha sem fazer manha

Aí dá pra ver o tanto que tive de subir... pra depois descer de novo, pq Monterosso é lááá embaixo

Bom, pra não dizerem que nao coloco foto minha...



Logo no começo tem que escalar o morro todo. E nessa eu ferrei completamente o meu joelho. Neste momento subir qualquer escada pra mim resulta numa dor terrível. Só consigo descer do trem parecendo um velho de 120 anos. Mas tudo bem... continuando a falar da trilha:


Trecho entre Vernazza e Monterosso


Vernazza ficando pra trás

As vinhas...

E as uvas



Apesar de ser o trecho mais difícil, é o que tem a vista mais bonita também. A trilha vai ora a beira do mar, ora em meio às vinhas. Depois de muito tempo cheguei em Monterosso, o último e maior dos vilarejos. E o único que tem praia de verdade, com areia e guarda-sol.

Chegando em Monterosso

A praia


Monterosso do alto da cidade





Claro que eu nunca ia ter condições de voltar aquilo tudo a pé. Peguei o barco e atravessei todos os vilarejos, até Riomaggiore de novo.

Como ainda não tinha almoçado, fui procurar um restaurante. Olhando os menus nas portas, me deparei com esse prato:

Sabe Deus o que é isso...



Nove euros? Hmmm, parece chamativo. Mas what the hell é "Red Mullets", pensei eu, do alto da minha ignorância. Bom, mullet que eu saiba, é o cabelo do MacGyver.



ISSO É UM MULLET!




Dominado pela curiosidade, entrei no restaurante e solicitei aquilo que deveria ser meu delicioso espaguete com red mullets. Enquanto esperava fui elucubrando acerca do que seria o misterioso prato que logo chegaria à minha mesa.



E o prato nunca que chegava... jamais havia esperado tanto em um restaurante na Itália. Seja lá o que for esse tal de Red Mullet deve ser demorado de fazer. Mas eis que finalmente o carinha me traz o meu prato.




Eis o mullet... até que não estava mau



Depois de comer já estava quase na hora do pôr-do-sol e tive uma ideia brilhante: E se eu voltasse praquele cemitério com a vista linda no alto da colina de Vernazza pra fazer uma foto da cidade à noite????

Ótima ideia! Respondi pra mim mesmo, e rumei para o cemitério. Subi toda a colina, adentrei o recinto sepulcral e fiquei ouvindo música enquanto esperava que a noite chegasse para que eu pudesse fazer a minha sonhada foto.

Esqueçam a Via dell'Amore... pôr-do-sol romântico memso é no cemitério




Esperei bastante, por sinal. Nessa época do ano anoitece bem tarde por aqui. Só ficou bem escuro mesmo lá pelas 10 da noite.

Tanto trabalho pra isso??



Lá estava eu, todo contente por ter feito a foto. Então me viro pra trás, pra ir embora, e me lembro de um detalhe quase irrelevante: eu estava em um cemitério no meio do nada. Sozinho. De noite.


Mamãe sou gótico




Peguei as minhas coisas apressadamente querendo sair dali o mais rápido possível. Mesmo sendo o cabra mais macho que já escreveu nesse blogue, confesso que foi me dando aflição enquanto eu andava pelas ruazinhas do cemitério naquele breu danado em meio àquelas estátuas assustadoras. O único som audível era dos insetos no meio do mato e o grunhido de algumas aves noturnas.


Tenho certeza de que vi essa estátua piscando o olho




Eu apertava o passo pra tentar sair daquele lugar o mais rápido possível, mas cadê que eu lembrava o caminho? Finalmente, depois de um tempo, avistei o portao do cemitério. Dei um suspiro de alívio e caminhei em direção a ele para sair logo dquele lugar tenebroso.

Mas eis que quando eu chego até o portão acontece algo terrível:


Óbvio! Evidente! Enquanto eu estava distraidamente ouvindo música e esperando a noite chegar, o horário de funcionamento do cemitério tinha acabado há séculos e o portão estava trancado.

Tentei de todos os meios abrir aquilo mas foi inutil. Era oficial: eu estava trancado, sozinho, à noite, em um cemitério totalmente isolado no alto da colina de um vilarejo italiano.

FIM

Dia 4 - Cinque Terre

Logo de manhãzinha peguei a trilha para a terceira das Cinque Terre: Corniglia. Esse trecho também não é complicado.

O começo do segundo trecho da trilha, que liga Manarola a Corniglia


Mais um pedaço da trilha




Fui andando pela trilha e achando tudo uma maravilha. "Que moleza, pensei" Mas eis que quando chego ao final dela me deparo com uma escadaria terrível e infinita. Corniglia fica no alto do morro e não tem outro jeito de chegar nela a não ser subindo. São no mínimo 300 mil degraus.

A escada infinita

Eles são sádicos.... e quase acertei o número de degraus




Depois vem o trecho pra próxima cidade. Aí é que o bicho pega. Comecei a andar por aquela trilha interminável e extremamente hostil. Tem que ir se embrenhando pelo meio do mato, passar por uma ponte daquelas que só aguentam uma pessoa por vez e se equilibrar em passagens estreitas pra não cair no precipicio.

Trecho terrível, à beira do abismo

Outro trecho


Tem que se embrenhar no meio do mato...

...e passar por escadarias de pedras pontiagudas

Mas pelo menos a vista compensa

Corniglia ficando para trás




Não é possível. Pensei comigo. Só posso estar na trilha errada. Mas se perder ali era impossível. Mesmo pra mim. Só tinha um caminho e não havia como errar. Eu andava, andava, subia, subia e nunca que chegava. Nisso a fome começava a apertar e minha água já tinha acabado faz tempo. Se eu tivesse que pagar 20 euros numa coca cola aquele momento acharia barato. Resisti bravamente à tentação de comer as frutinhas vermlehas espalhadas pelo caminho. A trilha também é lotada de pés de amoras.

Pode comer isso?

Amoras





Depois de passar por todos os perigos possíveis e inimagináveis, finalmente chega o fim da trilha, Quando atravesso o portão, vejo que tem um aviso para quem vem no sentido contrário

WHAT THE HELL???






Peraí... como assim "não entre"???? Porque diacho só tem aviso de um lado da trilha??? Quer dizer que eu poderia ter morrido naquele troço e eles só avisam agora. Ah, italianos... tutto bona gente...


Mas finalmente tinha chegado em Vernazza., E tinha uma recompensa:a cidade tem praia. Quer dizer, não praia de verdade, mas umas piscinas naturais onde até eu poderia nadar sem morrer (ou quase).

Entrei no mar e percebi que o chão era todo rochoso. Fui andando por cima das pedras até que do nada elas acabaram e eu quase fui pro fundo do oceano.

Povo nadando na praia rochosa de Vernazza




Ah, no alto da colina de Vernazza encontrei um cemitério com uma vista espetacular da cidade. O povo enterrado ali não tem do que reclamar.


O cemitério

Vernazza vista do cemitério



Olha a cor desse mar...


Depois voltei pra Riomaggiore pra aproveitar o pôr-do-sol a partir do mirante no topo da cidade.


Pôr-do-sol do mirante de Riomaggiore




GALERIA DE FOTOS

Vista da trilha

Mais um trecho da trilha

Riomaggiore, vista a partir do alto da montanha