segunda-feira, 25 de maio de 2009

Episódio 25 - São Paulo (SEASON FINALE)

Desembarquei em Guarulhos na manhã de domingo do dia 3 de maio de 2009. Foram 25 dias de viagem, 3 países, 12 cidades, 34000km percorridos de avião, 3000km de trem e pelo menos uns 450km a pé. Vi lugares sensacionais, conheci culturas diferentes e aprendi muito. Mas, enfim, estava em casa. E como diz aquele ditado: coisa boa é viajar, mas nada se compara à sensação de estar de volta ao lar.

E assim chegou ao fim o meu mochilão. Agradeço a todos que tiveram a paciência e a consideração de me acompanhar durante todo o trajeto. Sempre que eu recebia o feedback dos meus amigos e familiares que liam o blog, era como se eu não estivesse viajando mais sozinho. E quando a gente está tão longe de casa, isso faz uma baita diferença...

E agradeço principalmente a Deus que me deu a oportunidade de realizar mais um sonho. Valeu, paizão! Se não fosse você nada disso teria sido possível =)

Deixo abaixo um resumo de fotos com os principais lugares que visitei. Mais uma vez obrigado a todos e espero poder contar com a companhia de vocês novamente no próximo mochilão!!

Inté


“Agrada-te do Senhor e ele satisfará os desejos do teu coração”.(Salmo 37:4)

Ahhh, se você está chegando agora, aconselho a ler tudo em ordem cronológica. É só ir navegando ali no menu à esquerda, ok?. Tá tudo numerado. O primeiro post é esse aqui, ó: http://claytonbs.blogspot.com/2009/04/viagem-primeiro-dia-em-roma-e.html





A Estátua da Liberdade


No alto da Piazza Michelangelo, em Florença


Eu e o genial caça stealth


Ilha de Manhattan ao fundo



Paris


Sensacional vista do Central Park, em NY



O Coliseu


Torre de Pisa

Times Square

San Vincenzo, na Toscana

Empire State láááá atrás




DIA 24 - NY, a partida

Escaldado com a lição do dia anterior, fui pro aeroporto 6 horas antes do voo. Ah, e eu também deixei a pão-durice de lado pela primeira vez na viagem e fui incrivelmente recompensado por isso!

Assim, digamos que dar gorjeta não é uma das minhas qualidades mais visiveis. Poxa vida! Eu, um trabalhador assalariado proveniente do terceiro mundo, mochilando em países absurdamente caros e economizando cada centavo, ainda tinha que dar gorjeta praqueles caras todos que ganham em EUROS e DÓLARES e ainda trabalham em lugares turísticos lindíssimos? É óbvio que eles ganham bem mais que eu, e o certo seria eles darem gorjeta aos pobres visitantes terceiro mundistas e não o contrário... =P

Tá... tá... tô exagerando um pouco. Até que eu dava gorjeta às vezes...

Mas o caso foi o seguinte: Saí do albergue e fiquei lá naquela aventura que é conseguir um táxi em NY. Dei sinal quase uma dúzia de vezes e fui ignorado em todas. Lá pelo décimo táxi que passava finalmente consegui fazer com que ele parasse pra mim. Tive que botar toda aquela malaiada sozinho no porta-malas pq o carinha não se deu ao trabalho de ajudar. Mas beleza, eu ia pagar pela corrida e não por um carregador de malas, então ele estava no direito dele. E eu, logicamente, estava no meu direito de não dar gorjeta.

Não trocamos uma palavra durante o trajeto, e cara ainda me deixou no pior lugar possível pra descer de um táxi quando se está com trocentos kg de malas. Era tipo do outro lado da entrada principal da estação. E nesse caso não havia nem escada rolante e ainda era longe pra burro do lugar onde eu deveria pegar o trem.

Olho no taxímetro e vejo que a corrida havia dado 8 dólares. Enfio a mão no bolso, tiro uma nota de 20 e entrego pro cara. Eis que então aconteceu algo inesperado. Enquanto aguardava o troco, fui tomado por um arroubo de generosidade e falei pro taxista: opa, pode me devolver só 10 dólares ^^

Ele sorriu, extremamente feliz, e me disse: "thanx a lot, man!". Desci do taxi, peguei minhas coisas e fui em direção à estação. Pouco depois começo a ouvir gritos, que vão se tornando mais altos a cada repetição:

-HEY, MAN, HEY

olho pra trás e vejo o cara do táxi me chamando de volta

- Você deixou cair seu dinheiro no táxi!!! (tecla SAP acionada)

Volto lá e encontro mais ou menos uns 60 dólares que eu tinha deixado cair do bolso quando fui pegar o dinheiro pra pagar o cara. Um prejuízo considerável. E pior, era todo o dinheiro que eu tinha, e com o qual eu iria comprar o bilhete do trem até o aeroporto.

Teria eu tomado um baita preju se tivesse deixado a pão-durice falar mais alto? Prefiro acreditar que não, maaaaaaaas.....

Já na estação, bem mais experiente, nem precisei de orientações pra achar o trem e logo cheguei ao aeroporto. Fiz os check in das malas e fui, pela enésima vez, passar pela segurança pra ir pra sala de embarque. Eu tinha despachado um Xbox junto com as malas e estava carregando o outro com a mão. Botei tudo no Raio-X e passei pelo detector de metais achando que estava tudo bem se eu pegasse minhas coisas de volta do outro lado. Mas o guardinha achou que não estava. Ele pegou meu X-box, ABRIU A CAIXA, TIROU TUDO DO LUGAR, examinou, examinou, e quando viu que eu não estava carregando nenhuma bomba dentro do videogame, disse: "you are good". E, obviamente, largou tudo lá desmontado pra eu arrumar. E se tem uma coisa que todo mundo sabe é que é IMPOSSÌVEL arrumar as coisas de novo do mesmo jeito que o fabricante pôs. Fiquei um tempão montando aquele quebra-cabeças e tudo o que consegui foi fazer com que a caixa se fechasse de forma minimamente aceitável.

Embarquei e logo estava em Houston, onde faria minha conexão pra São Paulo. Houston é o epicentro da gripe suína nos EUA, e era bem fácil perceber isso logo que desembarquei. Diferentemente de NY, havia muita gente com máscara (principalmente crianças). Evitei até espirrar pra não correr o risco de ser detido pra exames e atrasar minha volta

Quando cheguei na fila de embarque do voo pra SP comecei a ter a sensação de que eu estava realmente voltando pra casa. Pela primeira vez em quase um mês eu podia ouvir apenas conversas em português. Ah, é impressionante como absolutamente TODO MUNDO na fila de embarque tinha tênis novos. Me senti um ET por ser absolutamente o único com tênis velho ali. Não estou falando de tênis com pouco tempo de uso, não. Ê aquele brilho que só um tênis recém saído da caixa pode ter.

O voo não foi dos mais confortáveis. A dor lombar que aquela poltrona me causa não me permitiu dormir. E tem mais uma coisa. Como meu voo foi remarcado de última hora, eu só consegui lugar na poltrona do meio. É justamente o pior assento que existe, pq você não tem nem a visão da janela e nem o conforto de estar no corredor. Pelo menos isso fez com que eu não tivesse alternativa a não ser assistir a um dos filmes da telinha de LCD. No caso, assisti ao "Corajoso Ratinho Despereaux". Obviamente eu era o único adulto sintonizado no canal infantil. Mas os outros filmes eram tão chatos que nem me lembro o nome...

Entre uma tentativa de dormir e outra, o tempo passou e logo eu já estava sobrevoando céus brasileiros. Era oficial, a viagem estava chegando ao fim.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Dia 23 - NY parte 6 (continuação)

Vamos dar prosseguimento ao último post, agora com o lado triste da história =P


NOVA YORK, 23º DIA - PARTE RUIM


Quem leu esse blog desde o começo percebeu que o roteirista da minha viagem parece ter um gosto por comédia pastelão. Ou então assistiu muita sessão da tarde... o vigésimo terceiro dia é uma prova viva disso.


Como já disse, eu tinha deixado pra terminar as compras nesse dia antes de pegar meu voo de volta pra casa às 16hs. Mas quero deixar claro uma coisa, quase todas as compras eram encomendas. Infelizmente o orçamento já tinha estourado faz tempo e não deu pra comprar muita coisa pra mim (vontade não faltou).


É recomendado chegar ao aeroporto com 2hs de antecedência para voos internacionais. Isso significa que eu deveria sair do albergue lá pelas 13hs pra dar tempo tranquilo. Eu sabia disso, mas nem adiantava acordar muito cedo pq as lojas costumam abrir por volta das 9hs. Então me programei pra sair do albergue umas 8:30 e fui terminar o que tinha que fazer.


A essa altura já fica claro que a viagem deixou de ser lazer e se tornou uma lista chata de tarefas que eu tinha que cumprir, mas divago...


Fiz o máximo de coisas que pude de modo que eu conseguisse voltar pro albergue até as 11hs, horário máximo do check out. Se eu me atrasasse teria que pagar multa. Dei uma passadinha numa loja e comprei uma genial mala descartável com rodinhas por 14 dolares. Minha mega mochila já estava entupiada até a boca e não tinha como carregar as tralhas novas sem uma outra mala.


Acabei chegando no hotel 11:05 e avisei na recepção que só ia pegar minhas coisas e já voltava pra fazer o check out. Fui até o quarto e tentei obrar o milagre da multiplicação dos espaços pra ver se cabia tudo. Eu tirava coisa de uma mala, colocava na outra. Botava coisa na mochila, amassava, apertava, chutava, pisava em cima, etc. E nada de caber tudo. Com muito sufoco consegui otimizar o espaço de modo que as coisas ficassem la dentro. Apanhei as tralhas todas e desci as escadas pra fazer o check out.


Foi um sufoco tremendo andar do quarto até a recepção. O prédio do albergue é super antigo, com corredores estreitos e portas minusculas. Como eu estava com o mega mochilao nas costas e mais a mochila na frente e ainda arrastando a nova mala, sempre tinha que fazer mil contorcionaimso pra passar pelas portas. Como ainda era cedo, fiz o check out e deixei minhas coisas guardadas no albergue enquanto cumpria as 4 últimas tarefas:


1) Ir na Fao Scwarz


2) comprar o boné que meu sobrinho pediu


3) comprar as encomendas eletrônicas: 2 xbox e um nintendo ds (que eu não podia deixar guardadas o albergue, então tinha que deixar pro último dia)


4) chocolates do povo da Folha


O primeiro item, como vocês viram no post anterior, eu cumpri. O segundo foi o inicio do martirio que transformou esse dia no mais terrível de toda a viagem.


Logo que saí da Fao Scwarz, me apressei pra comprar o que faltava. Fui entrando em todas as lojas onde eu achava que podia vender o tal boné que ele queria, mas tudo o que achei foram bonés cretinos que mais pareciam lembrancinhas de viagem. Percebi que nunca ia achar o bendito boné.



Pra minha sorte tinha uma Gamestop bem perto dali. Pro meu azar só tinha 1 xbox disponível. Foi então que me lembrei de um detalhe irrelevante: a hora. Logicamente que entrei em desespero quando percebi que ja eram 13:35 e, teoricamente, eu já deveria estar no aeroporto. Como eu nao tinha outra saída, peguei um taxi pela primeira vez na viagem e pedi pra ele me levar de volta pro hotel. Quando estava quase chegando vi uma loja da Blockbuster e pedi pra ele me deixar ali mesmo. Pro meu azar também não tinha Xbox lá e muito menos Nintendo DS. Eu já estava quase desistindo e pensando no prejuízo que minha displicência ia causar quando vejo, do outro lado da rua, mais uma loja da Gamestop. Yes! Viva NY e suas lojas de games em cada esquina.


Dessa vez eles tinham tudo o que eu queria. Peguei a muamba toda e fui voando pro hotel. Infelizmente não havia mais tempo pra comprar os chocolates. Que bom que o povo da Folha entendeu e me ama mesmo assim =P


Se já estava dificil arrumar as malas antes, imagina agora com aquelas duas caixas enormes do xbox. Sinceramente não consigo lembrar dos detalhes, mas de alguma forma eu espremi tudo de uma maneira que pelo menos um deles coube na mala.


Nesse momento minha configuração era a seguinte:


costas: mega mochila

frente: mochila normal

mao direita: arrastando a mala de rodinha

mao esquerda: segurando a sacola com o xbox que nao coube na mala


Saí do hotel 14:20 (o voo era as 16hs), desperado atrás de um taxi. A famosa lei de smurf fez com que abolsutamnte NENHUM taxi se dignasse a parar pra mim, mesmo me vendo naquela situação desesperadora coberto de malas.


Caminhei até a Broadway na esperança de que fosse mais fácil achar Taxi em uma avenida mais movimentada, até que finalmente consegui um.


Desembarquei na Penn Station e corri desesperdamente pra bilheteria. A moça me informou que o próximo trem sairia em 1 minuto. Foi a deixa pra eu voar pelas escadas e embacar no trem a tempo de ver as portas se fechando atrás de mim.


Quando cheguei no aeroporto o meu maior medo se conretizou: a fila do check in estava enorme. Bravamente tomei meu lugar na fila e esperei pela minha vez. Tudo isso só pra descobrir que eu estava na fila errada.


Tudo bem, sem desesperos. Fui pra fila correta, quando estava quase chegando a minha vez novamente, tiraram todo mundo da fila e levaram pra outra. Agora já não dava mais pra manter a calma e pedi pelamordedeus pro povo me deixar passar na frente.


O senhor que estava no primeiro lugar da fila, muito gentil, perguntou pra onde eu estava indo. Pensei em responder Argentina pra nos livrar do vexame, mas resolvi dizer que ia pro Brasil mesmo. "Lucky guy", ele disse. E praticamente me empurrou pro balcâo de check in enquanto eu timidamente vacilava na hora de furar a fila. Detalhe que ele fazia isso enquanto vociferava: "Ele vai perder o voo!!! deixem ele passar na frente!!! É brasileiro!!!!"


Mas já era tarde demais... quando cheguei no balcâo o atendente friamente me disse: "you've missed your flight, boy"


Meu mundo desabou. Comecei a pensar nas milhões de taxas que teria que pagar pra remarcar voo, mais diaria de hotel, comida, etc. Enfim, todo o prejuizo que aquilo ia me causar.


-O que devo fazer agora?, perguntei

- remarcar teu voo, provavelmente pra daqui vários dias pq tá tudo lotado.


Foi então que, ao olhar no crachá do cara, vi que ele se chamava "José da Silva*". Peraí, pensei, esse nome não pode ser gringo. Foi então que, espertamente, mostrei meu passaporte brazuca pra ele.


Esse simples fato fez com que o semblamente do cara se transformasse tal como o céu que se abre após a tempestade, deixando até mesmo um arco iris no céu (como sou poético... haha)


Mas é sério! Quando ele descobriu que eu era contarrâneo começou a fazer tudo o que podia pra resolver meu problema. Ligou pra fulano, beltrano, sicrano, trajano, etc. Digitou mil códigos diferentes no terminal, tentou, tentou, tentou, até que....


Bom, eu estava nos EUA, correto? Existe coisa mais clichê no clímax de filmes americanos do que um final feliz depois de todo o drama? Pois bem, o roteirista da minha viagem acabou mostrando que não era tâo fã de sessão da tarde.


Depois de tudo aquilo, o cara levantou o rosto e com semblante consternado me informou que não tinha jeito. Não havia lugar disponível em nenhum voo pra Hosuton (onde seria minha conexâo pro Brasil). Ele disse que tudo o que poderia fazer era remarcar o voo pro dia seguinte, sem custo adicional.


Claro que aquilo me deixou triste, mas pelo menos eu não ia pagar taxa adicional e ainda ia ficar mais um dia em NY. Poxa, não podia ser tão ruim, né?


Mas ainda não tinha acabado....


Quando senti uma pontada nas costas me lembrei de que estava com 200kg de tranqueiras penduradas em mim. E ainda ia carregar aquilo por um bom tempo, pq tinha que voltar pro hotel


Peguei o trem de volta pra Manhttan e desembarquei na Penn Station. Ela fica a uns 4km do hotel (40 minutos de caminhada). Era absolutamente impossível carregar aquilo tudo por uma distância tão grande. E tem mais. a alça da sacola do xbox já tinha há muito tempo deixado de ser uma alça e se transformado numa espécie de navalha que ia deixando vergôes na minha mão, me obrigando a revezar o tempo todo o lado em que eu a segurava.



Como eu não estava preparado para esse incidente, não tinha dinheiro nenhum no bolso pra pagar o taxi. "Mas isso não será problema", pensei, ao avistar um caixa eletrônico do outro lado da rua. Aquela maravilha tecnológica iria me prover com todo o dinheiro que eu precisasse.


Mas o roteirista pastelão adora ver o personagem se ferrar. Digitei minha senha e esperei alegremente pelo dinheiro que deveria sair, enquanto a tela dizia "processando...". Eu devia ter notado que aquilo estava demorando mais que o habitual, mas nada poderia me preparar pra mensagem "cartão recusado" que apareceu em seguida.


Tentei em outros caixas eletrônicos e deu a mesma coisa. Era oficial, eu estava sem um tostão no bolso, sem cartão de crédito, sobrecarregado com 300 malas e longe pra caramba do hotel.


Ah, e estava chovendo também...


Percebi que reclamar não ia levar a nada e comecei a andar. Eu estava na 32th street, o hotel ficava perto da 3rd street. Aquela seria a pior contagem regressiva da minha vida.


Andei, andei, andei... fiquei um tempão andando e quando olho pra placa vejo que ainda estou na 29th street!


Claro que minhas costas estavam destruídas por todo aquele peso que eu carregava. Isso era agravado pelo fato de eu ter que andar meio torto enquanto puxava a mala de rodinhas com uma mão e segurava o xbox e sua sacola assassina na outra. Tudo isso enquanto eu começava a ficar ensopado.


E o desespero aumentava quando percebia que o hotel ainda estava terrivelmente longe.


Foi então que algo incrível aconteceu: No meio de todo aquele desespero eu pensei: "puxa vida! Não é possível que possa acontecer tanta desgraça com uma pessoa em um dia só! Perdi meu voo, meu cartão de crédito não funciona, tô lotado de malas, com as costas, os ombros e as mãos moídos e ainda por cima está chovendo e não posso molhar os xbox!!! Bem que pelo menos podia parar de chover, né?"


Vocês podem achar brincadeira, mas no exato instante em que pensei isso, a chuva, que era fina, se transformou em temporal. Começou a cair o mundo em NY e eu não tive alternativa a não ser me abrigar embaixo de uma marquise.


Já estava quase escurecendo e eu estava desolado. Todas as outras vezes que eu me dei mal durante a viagem acabou ficando divertido. Mas agora não estava. A dor era de verdade, o peso era de verdade e a frustração idem. E aquela bendita chuva nunca que passava...


E ainda tinha os companheiros homeless que dividiam a marquise comigo e já estavam de olho na minha muamba..


Mas a chuva acabou passando e retomei meu caminho. Cada passada me exigia um esforço sobrehumano; Enquanto eu tentava me manter de pé, as ruas iam caindo de número, uma a uma. 17, 16, 15... 6... 5... 4... e então finalmente cheguei na 3rd street.


Consegui um quarto e desabei na cama. Cada movimento que eu fazia com as costas resultava numa dor imensa. Cheguei a achar que provavelmente eu tinha lascado minhas costas pra sempre. Não quero descrever o estado dos meus pés, pq seria disgusting... como a sola estava em carne viva, ela praticamente entrou em simbiose com a meia molhada, resultando numa dor horrível na hora em que foi tira-la


Deixo claro que estou relativizando bastante os fatos aqui. Só estando no meu lugar, naquele momento, pra saber o que eu passei.


Mas, engraçado, agora que o tempo passou e tudo parece tão distante, não consigo mais enxergar o mesmo drama que senti no momento. Pelo contrário, só consigo dar risada da minha própria burrice.


Acho que, no fundo, todo mundo gosta de uma comédia pastelão. Pois deixo aqui meus parabéns ao roteirista! E depois que ele tirou o final feliz da história, então, passei a admira-lo ainda mais.


É isso. Até o próximo post com o fim (real) da viagem.



* nome alterado pra não criar problemas.



Como esse post não tem imagens, deixo essa tirinha que resume bem minha vida durante a viagem...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dia 23 - NY Parte 6

Pode um único dia se tornar ao mesmo tempo o melhor e o pior de toda a viagem? No meu caso a resposta é sim. Pra explicar com mais calma o que aconteceu, vou dividir o post em duas partes, ok? Então vamos lá:


NOVA YORK, 23º DIA - PARTE BOA

Existem vários tipos de nerds. Tem os de exatas e os de humanas. Tem aqueles que gostam de HQ e trading card game. Tem nerd de infomática, de videogame, nerd que ama tecnologia, etc. Mas existe um elemento que une todos eles: o apego extremado à fantasia.

Absolutamente todo nerd adora ficção, e dependendo do nível de nerdice, leva essa ficção a sério demais. Por exemplo: ninguém vai estranhar ao ver uma criança que acabou de assitir ao filme do Homem Aranha sair do cinema imitando o heroi. É absolutamente normal que ela faça isso. Mas não é nada raro achar um nerd adulto fazendo a mesma coisa. Ainda mais fácil é ver um nerd vestido de JEDI enquanto imita com a boca os efeitos sonoros do sabre de luz. Mas no fundo, a definção de "nerd" está exatamente nessa dificuldade em crescer e se desapegar do mundo da fantasia.

Alguns nerds separam isso melhor que os outros e praticamente possuem um botão "on/off" que desliga a nerdice quando ela se torna inconveninete. Outros, como eu, são obrigados a contemplar resignados enquanto a nerdisse se manifesta nas horas mais impróprias.

Qualquer um que acompanhou esse blog pôde perceber claramente isso. É só notar que quase sempre que eu disse ter me emocionado, é pq havia algum elemento de ficção ou fantasia envolvido, principalmente o cinema.

Por isso, o momento em que mais emocionei durante a viagem só podia estar ligado justamente a um filme.

Tudo começou logo de manhãzinha. Como eu disse no post anterior, ainda tinha muitas coisas pra fazer e meu voo decolaria por volta das 16hs. Mas antes eu deveria cumprir o último check point turístico do roteiro: a absolutamente lendária loja de brinquedos Fao Scwarz

A Fao Scwarz é a loja retratada no filme "Big", com o Tom Hanks. Ela ficou famosa por causa da mitologica cena em que o ator e o chefe dele no filme tocam a música do danoninho no piano gigante. Bom, não preciso dizer que foi uma das cenas que mais marcaram minha infância. E não só a minha, já que ela foi eleita a segunda cena mais inesquecivel do cinema dos anos 80 (o ET voando de bicileta em frente à lua ficou com o primeiro lugar).



A cena do filme. Vale a pena ver caso você queira relembrar. Ah, tem que ver com som ou não terá graça nenhuma. Se der erro, clique no video pra ver direto da página do YouTube



Pois bem, eu sabia apenas que a loja ficava no nº 767 da quinta avenida, mas não sabia muito bem se era longe ou perto. Eu tinha que correr pq o tempo era curto e havia muita coisa pra fazer. Caminhei até a quinta avenida já procurando pelo número 767, mas quase caí de costas quando percebi que ainda estava no número cento e alguma coisa. Beleza, já tinha descoberto que era longe pra burro. Mas ia valer a pena.

Essa cidade, aliás, é especialista em pregar sustos na gente. Eu estava caminhando todo distraído e tal, quando de repente ouço o barulho do MONSTRO DE LOST. Não, eu não estou brincando. Era o barulho do monstro de verdade, bem ali atrás de mim. Quando eu já ia me preparando pra correr, percebo que o barulho vem da impressora de recibo do táxi. Só depois fui me lembrar de ter lido em uma entrevista que o barulho da maquininha de recibo dos taxis de NY realmente foi usado na edição de som do monstro.




Eis o verdadeiro mosntro do Lost. E ele ainda faz propaganda de SP




Andei mais um tempão até encontrar o tal número 767. Só que não havia Fao Scwarz nenhuma! O nº 767 na realidade é o prédio da GM, com uma loja da Apple na frente.



Eca!



Procurei em todo lugar, pra ver onde é que eu tinha errado e não achei a famigerada loja. Putz, eu já sentia o gostinho da decepção quando avistei um homem vestido de soldadinho de chumbo cumprimentando alegremente os transeuntes. Um pouco atrás dele estava a fachada da Fao Scwarz.


A fachada da lendária Fao Scwarz




O interior da loja é um dos lugares mais legais do mundo. Milhões de brinquedos de tudo quando é tipo. Um mais genial que o outro. Tinha uma seção inteira só com coisas de Star Wars que me faria passar o dia ali, se eu tivesse tempo. E se todos aqueles brinquedos me atraíam aos 26 anos, fico imaginando o que seria de mim se entrasse lá aos 10.


Sensacional! Um Darth Vader feito de lego. Se coubesse na mala eu comprava...


Batman feito de lego




À medida em que eu ia andando dentro da loja, cantarolava a música do filme. Senti que meu coração começou a bater mais rápido quando avistei a primeira placa indicando o caminho pro piano.


Quase chegando




Eu já sabia que ele ficava no segundo piso. Subi as escadas e fui seguindo as placas, até que.... TCHARAN... lá estava eu, diante do lendário piano do Big! Foi legal demais e até fez valer a pena tudo o que tive de passar depois por ter incluído a Fao Scwarz no roteiro (vocês vão ver no próximo post). Mais legal que isso só no dia em que eu encontrar um Delorean...


Repare na minha habilidade na condução da música



Mas o fato é que foi o momento mais mágico da viagem inteira. Se eu tivesse que tirar QUALQUER outro passeio que fiz pra incluir o piano do Big, faria sem pensar duas vezes. Tudo o que escrevi sobre a nerdice no inicio do post foi pra tentar explicar o motivo de eu ter ficado tão contente só por ter visto um piano gigante aparentemente tão boboca. Mas, sinceramente, acho que momentos como esse foram feitos pra nunca terem explicação.

Deve ser justamente por isso que eles são tão legais



Videozinho que fiz dentro da Fao Scwarz. A música é do som ambiente da loja

Dia 22 - NY parte 5

Ser principiante quase sempre é uma coisa assustadora. Os primeiros dias na escola, no trabalho, ou seja lá o que você estiver fazendo pela primeira vez, vêm sempre acompanhados de trapalhadas terríveis. Além daquela estranha sensação de "o que é que eu estou fazendo aqui??" ou "Deus do céu, onde é que eu vim parar??"

Essa fase é tâo temida, mas tão temida, que é pior insulto nerd existente na face da terra é "newbie", que em teoria signfica "principiante", mas na prática é um xingamento que corrói a alma nerd. Por isso, se um dia você quiser realmente ferir os sentimentos de um ser dessa classe, basta chama-lo de "newbie", ou usar a corruptela "noob", que é ainda pior.

Todo esse nariz de cera aí em cima quase me fez esquecer que esse post é pra falar justamente de mais um erro terrível que eu cometi por ser, justamente, um noob.... =(

Eu nunca tinha feito uma viagem dessa magnitude, e obvio que os erros foram se acumulando ao longo da jornada. Comecei errando na hora de fazer a mala e depois não parei mais. Errei na quantidade de roupas, (e ainda esqueci meu chinelo... Deus do céu, como ele fez falta..), errei na hora de montar os guias pros museus, errei por andar demais, enfim, errei, errei e ainda continuava errando.

Faltavam apenas 30 horas para o voo de volta a São Paulo, e eu tinha reservado esse dia para fazer compras. Na realidade o problema não está em fazer compras, e sim em deixar essa tarefa para o último dia. Foi um erro terrível e que e custaria MUITO caro no dia seguinte.

Durate todo meu tempo em NY, eu já sabia exatamente o que tinha que comprar. Encomendas, brinquedos, lembrancinhas, algumas roupas, etc. Quase nada pra mim, na realidade, já que o orçamento não permitia. Mas sempre que passava em frente às lojas ficava adiando as compras, já que eu teria um dia reservado no roteiro só pra isso

Até que finalmente chegou o tal dia. Levantei com aquele desânimo de quem percebe que está no pior momento da viagem, e fui cumpir logo com as tarefas.

A Toys Are us, aquela loja enorme que tem até roda gigante dentro. BEM mais legal que loja de roupas =D


Dentro da loja


Eu quero um desses!



Exatamente por ser principiante (ou burro, não sei), me esqueci de um detalhe: como é que eu ia carregar as coisaradas pra cima e pra baixo??? Sim, amigos, percebi isso logo que saí da primeira loja com as sacolas a mão. Ainda faltavam dezenas de coisas pra comprar e eu ja não conseguia carregar mais nada. Além disso, é terrível entrar em outras lojas cheio de sacolas na mão (me atrapalha e ainda faz acender a luz vermelha da segurança). A única solução era voltar todo o caminho pro hotel, deixar as coisas lá, e recomeçar a sessão de tortura.

Como eu não sabia comprar nada nem em quais lojas ir, anoiteceu antes que eu tivesse comprado todas as coisas. Faltavam ainda algumas encomendas, os chocolates do povo da Folha, o Nintendo DS do Lucas (sobrinho), e as lembrancinhas.

Mas tudo bem, no outro dia o voo estava marcado para as 16hs, então dava tempo de comprar as coisas de manhã. fiquei chateado por não ter conseguido completar a tarefa e fui comer.

Eu queria expeirmentar a legítima pizza de NY, daquelas que a gente como com a mão, então fui até o "famous Joe's Pizza", que é a pizzaria onde o Peter Parker trabalhou (e foi demitido), no "Homem Aranha 2"



A pizzaria do Joe


Se o Peter Parker trabalhou nela, então deve ser legal

A pizza


Eu já não deveria esperar muita muita, mas me surpreendi quando cheguei lá e encontrei um troço quase igual ao estimado "Folhão", a pizzaria em frente ao jornal frequentada por quem não tem amor ao prórpio estõmago.

A pizza nem era lá essas coisas (apesar do Ben Affleck e do Tobey Maguire dizerem no site que é sensacional. Nunca mais acredito neles)

Voltei pro hotel e queria ter deixado as coisas já arrumadas pra facilitar no outro dia. Eu estava meio triste por ser minha última noite em NY e acabei pegando no sono desejando ficar mais na cidade. Enquanto isso as malas continuaram bagunçadas.

sábado, 16 de maio de 2009

Dia 21 - NY parte 4 (continuação)

Depois do porta-aviões, dei um pulo até o zoologico do Central Park. Ele é bem menor e menos diversificado que o zoologico de SP, mas vale a pena pelos ambientes tropicais recriados com bastante detalhes e, claro, pelos animais exóticos que eu nunca tinha visto ao vivo antes. Principalmente os pinguins e os ursos polares =D

Fiquei procurando a coleira da Dharma neles

Os pinguins

Claro que eu não faço nada por acaso. A ida ao zoologico foi a preparação para um dos eventos mais legais de toda a viagem: assistir ao Rei Leão na Broadway

Fachada do teatro


Quem tirar foto a partir desse ponto é chutado pra fora



Uau, poucas vezes presenciei algo tão bem feito e grandioso quanto aquele show. Eu sou fã incondicional do longa-metragem e sempre sinto as mesmas emoções quando o revejo. Mas ter assistido àquela apresentação, ver as canções sendo executadas ao vivo e testemunhar toda a grandiosidade de uma super produção da Broadway foi realmente uma experiência inesquecível.



TOP OF THE ROCK

Eu já tinha subido no Empire State, mas o meu NY Pass também dava direito a subir no Rockefeller Center. Como era de graça mesmo, fui até lá sem esperar muitas novidades, mas acabei positivamente surpreendido. O prédio é um pouco mais baixo que o Empire State, mas a vista é tão bonita quanto. E tem uma vantagem: MUITO mais espaço e menos gente que no concorrete mais famoso. No Rockefeller não é preciso brigar por um espaço perto da mureta. Além disso, tem uma vista fantástica do Central Park, algo que o Empire State não oferece.



Olha que lindão o Central Park lá no fundo


Outra vantagem do Top of the Rock é que dá pra ver o Empire State, coisa que por razões obvias não é possível no concorrente =P


Eis que quando estou descendo tenho uma incrível, fantástica e inimáginavel supresa! Quase não acreditei quando reconheci o maior cineasta de todos os tempos andando por ali. Sim, ele mesmo, Steven Spielberg em pessoa. Pedi pra tirar uma foto, mas ele estava com pressa então saiu meio fora de foco

Eu com o mestre Spielberg

Ta... ta... todo mundo sabe que não encontrei o Spieberg coisa nenhuma e que a foto acima foi tirada do museu de cera de NY, o Madame Tussauds. Mas de qualquer forma é uma lugar divertidíssimo. As estátuas são extremamente reais e em vários momentos é impossível diferenciar quem é de cera e quem é de carne e osso. O engraçado é que depois de um tempo lá dentro a minha percepção da realidade começou a se alterar e sempre que eu olhava pra uma pessoa real tinha a impressão de que era de cera. Essa impressão so cessava depois que a pessoa fazia algum movimento. Totalmente bizarro...


É uma pena que o flash anula totalmente o efeito. A cera não reflete o flash da mesma maneira que a nossa pele e a brincadeira perde a graça. Por isso uma dica: nunca dispare o flash direto sobre os bonecos ou suas fotos do museu serão totalmente inuteis.

O boneco do Spielberg

Aquela mão segurando o braço do Obama NÃO é minha! Ele não me deu essa intimidade... =p

Pena que os representantes brasileiros não ficaram muito parecidos...

Quem é esse???



sexta-feira, 15 de maio de 2009

Dia 21 - NY parte 4

É bacana ir a uma guerra? Matar ou morrer em nome de uma causa? E o que você acha de ter à sua disposição todos aqueles brinquedos fantásticos que se vê nos filme, tais como caças supersônicos, fuzis, submarinos, etc? E que tal poder mostrar pra todo mundo que você é o mais forte?

Eu pensava em todas essas coisas enquanto estava à bordo do porta-aviões USS Intrepid, um gigantesco navio construído na Segunda Guerra Mundial, e que agora é um museu em Manhattan. No interior e no deck do porta-aviões são exibidas algumas das mais sensacionais, velozes e poderosas máquinas de guerra criadas pelo homem. Tem até o famosíssimo caça F-14 Tomcat, que eles fazem questão de relembrar que foi a máquina usada pelo Tom Cruise no filme Top Gun.

Não é fácil sair de lá sem exclamar pelo menos um "uau" diante de todos aqueles brinquedos aparentemente tão fantásticos. O museu também tem bastante espaço pra exaltar a atitude heróica dos homens e mulheres que pilotaram aquelas máquinas, deixando claro que estar em uma guerra é a maior das realizações humanas. Isso tudo regado a uma música ambiente daquelas bem inspiradoras e emocionantes...

Cara, por pouco eu não saio dali direto pra um posto de alistamento do exército. Sério. Só me detive depois de lembrar que eles não aceitam estrangeiros. Empecilho que não se aplicava a todos os futuros soldados que eu vi no museu aquele dia. Meninos (principalmente) e meninas cujos olhinhos brilhavam diante de toda aquela exibição de poder.

Sei que esse post destoa do resto do blog e me desculpo por todo o cinismo exibido nos parágrafos acima, afinal, não posso negar a importância e a virtude de muitos que perderam a vida em guerras por uma causa nobre. Mas acho uma crueldade induzir criancinhas a sonhar com isso.

Enquanto eu escrevo isso veio de forma nítida à minha mnte a imagem de um garotinho que eu vi em algum dos aerportos pelos quais passei (não me recordo qual). O menino brincava entusiasmado com uma bola de basquete imaginária. Dava dribles, fazia cestas, pegava rebotes e, claro, era ovacionado por sua também imaginária torcida. E quantas outras crianças por aí tocam suas guitarras e baterias imaginárias em um show de rock para multidões? E não podemos esquecer também daquelas que em seus sonhos fazem o gol da final da copa do mundo. E sabe o que me entristece nisso tudo? Saber que muitas daquelas crianças também entraram no museu sonhando com uma bola de basquete, mas a trocaram por um fuzil imaginário, com o qual matam centenas de inimigos imaginários. Até que finalmente chega o dia em que o fuzil deixa de ser imaginário. Mas os inimigos, quase sempre, continuam sendo...

Vamos às fotos:



O porta-aviões. Infelizmente com imagem da Wikipedia pq esqueci de tirar foto do lado de fora =(

Cabine do capitão

Olha o meu deslumbramento diante daqueles brinquedos todos!


O submarino USS Growler. Legal, né? E ele tem um missil Regulus pronto pra ser lançado sobre qualquer meliante


Eu com o famoso caça F-14 Tomcat

Missil do F-14 Tomcat

Detalhe da turbina do F-14 Tomcat


Um Concorde

Cabine do Concorde


Detalhe do prego no bico do concorde. Repare como ele já tá meio torto.

Lockheed A-12. Algumas versões desse caça são invisíveis aos radares (stealth)



Vou deixar também alguns links da wikipedia pra quem quiser saber mais sobre o porta-aviões:

O museu: http://en.wikipedia.org/wiki/Intrepid_Sea-Air-Space_Museum

O porta-aviões: http://en.wikipedia.org/wiki/USS_Intrepid_(CV-11)

O submarino: http://en.wikipedia.org/wiki/USS_Growler_(SSG-577)

Ah, estou dividindo esse post em dois. Logo mais posto a continuação do quarto dia em NY, ok? Inté...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dia 20 - NY parte 3

O mais turístico dos programas me esperava logo na manhã do vigésimo dia: a Estátua da Liberdade. Eu tinha me referido à Torre Eiffel como o monumento mais famoso o mundo. Retiro o que disse, a Estátua da Liberdade disputa pau a pau esse título.

Antes de pegar a balsa que leva o povo até a ilha, é necessário passar por um esquema de segurança semelhante aos dos aeroportos. Eu passei por tantos check points como esse ao longo da viagem, em museus, aeroportos, etc., que já sabia de cor todos os procedimentos. Minha mochila passou por tanto raio-x durante essas férias que já é possivel utiliza-la como substituta do urânio na fabricação de bombas atômicas.

Como era de manhãzinha, tinha pouca gente na fila e foi tudo muito rápido. Logo eu já estava na ilha.


Eu e a estátua

A estátua vista da balsa

Nunca tinha percebido o quanto ela é gorda!

Manhattan ao fundo

Estavam gravando uma novela



A estátua é bem pequena, acho que todos a imaginam bem maior antes de chegar à ilha. Depois da estátua, a próxima parada da balsa é na Ellis Island, local onde eram recebidos os imigrantes até 1954. O museu da ilha é interessantíssimo e conta como era a recepção aos estrangeiros naquela época, além de mostrar a contribuição dos imigrantes para a construção do que hoje são os EUA e também deixar claro que praticamente todo norte-americano tem em suas veias sangue estrangeiro.

Vendo tudo aquilo fica dificil imaginar que o mesmo povo que reconhece a importância dos imigrantes seja tão arisco em relação aos estrangeiros de hoje

Local onde eram recebidos os imigrantes para cadastros, triagem, exames, etc.


Mais uma vez peguei a balsa de volta ao Battery Park e sentei um pouco pra descansar e observar o ambiente. O legal é que empre que eu parava em uma pracinha da Europa pra comer algo, logo apareciam dezenas de pombas querendo filar minhas bolachas. Em NY as pombas ainda tem que enfrentar a concorrência dos esquilos.

Além das pombas, o povo tem que dividir a comida com os esquilos...



EMPIRE STATE

Mas a tardezinha fui subir no Empire State, no elevador super veloz deles. NY é linda vista lá de cima, principalmente à noite.


Noite de NY vista a partir do Empire State


De dia


Eu lá em cima