Em quase toda cidade grande por aqui tem estátua viva, aqueles caras que se pintam e só fazem leves movimentos quando você olha muito pra eles. Depois de ver tanta estátua viva, essa aqui da foto me deu muito medo, eu já estava vendo a hora dela abrir os olhos...
Rodin
Logo que se entra no museu o primeiro baque é por conta da diminuição de motivos religiosos nos trabalhos. Eles ainda existem, mas em número bem menor que nos outros museus que eu havia visitado. O segundo baque vem pela maneira distinta com que esses artistas mais modernos tentavam retratar a realidade. Boa parte deles conviveu lado a lado com a era da fotografia, e simplesmente copiar o mundo tal como nossos olhos o vêem era algo que a máquina fazia bem melhor.
Bom, tudo isso pra dizer que Orsay é outro mundo em relação aos museus mais focados na renascença. É como comparar uma página de jornal do inicio do século 20 a um website lotado de icones piscando e coisas que se movimentam. No dia anterior eu estava em um museu cheio de rostos iguais, poses iguais, motivos iguais, agora estava diante de uma profusão de formas, cores, movimentos, escolas e maneiras diferentes de enxergar a realidade. Depois de ter passado por Roma, Lucca, Cortona e Florença, aquilo tudo era um sinal de que eu estava quase de volta ao século 21.
Depois do Orsay, eu deveria ir pro Arco do Triunfo. O objetivo era subir lá ao entardecer pra ver Paris à noite. Mas como eu ainda tinha tempo, dei mais uma passadinha na Torre Eiffel pra descansar.
Ali eu percebi como essa gringaiada adora sol. É impressionante! Enquanto eu fazia de tudo pra ficar na sombra, eles corriam pro sol e ficavam lá esturricando. Teve um restaurante, por exemplo, em que pedi pra me arrumarem outra mesa apenas pra que eu pudesse sair do sol. Pouco tempo depois vi um casal de gringos pedindo exatamente o contrário.
Fiquei um tempão lá cochilando e quando fui perceber já era bem tarde. Achei melhor rumar pro Arco do Triunfo, passando por aquela rua que é uma imitação barata dos Campos Elíseos paulistano.
Outdoor anunciando filme em um cinema da Champs-Élysées.
Propaganda do Ronaldo
As coisas são bem baratinhas na Champs-Élysées, é praticamente uma 25 de março francesa. Quando cheguei ao final da avenida, onde fica o Arco, já eram praticamente oito da noite. Óbvio que eu achava que tinha elevador pra subir naquela troço, mais óbvio ainda é o fato de que me lasquei. Tem que subir tudo na raça, de escada.
Lá de cima tem-se uma visão sensacional de Paris. Eu acho ainda mais legal do que subir na torre, simplesmente por que subindo na torre você não consegue ver a torre. Já no Arco do Triunfo não tem esse problema.
Eu já contei que meu objetivo era ver Paris à noite, certo? Pois bem, cheguei lá em cima oito da noite e esperei calmamente pela chegada da escuridão. Esperei... esperei... esperei... e continuava claro!! Deus do céu, não anoitece NUNCA em Paris, é absolutamente impressionante! Só ficou escuro de verdade depois das 22hs.
A Champs-Élysées
A torre iluminada
Depois que eu desci, apoveitei pra fotografar o arco à noite
MCDONALD'S
Preciso fazer um adendo aqui. No dia anterior eu tinha ido ao McDondald's, pra cumprir aquela meta que falei pra vocês, e dessa vez descobri uma diferença: Eles me deram um molho pra por na batata frita, algo que nunca tinha visto em nenhum outro McDonald's. Eu acho a batata frita sozinha muito sem graça e adoro lambuzar tudo com muitos molhos. Esse de Paris era sensacional. Vou começar imediatamente uma campanha pra trazerem pro Brasil
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