sábado, 9 de maio de 2009

Dia 15 - Paris

Diferentemente do Louvre, o Museu de Orsay expõe trabalhos mais recentes, de artistas que viveram nos séculos 19 e 20, como Monet, Cézane e Van Gogh. Aliás, poucos artistas são tão reconhecidos por leigos quanto Van Gogh. É impressionante, de longe o povo já sabe que o quadro é dele. E não são só os autorretratos, não.

Autorretrato é tao feio de escrever sem hifen...

Em quase toda cidade grande por aqui tem estátua viva, aqueles caras que se pintam e só fazem leves movimentos quando você olha muito pra eles. Depois de ver tanta estátua viva, essa aqui da foto me deu muito medo, eu já estava vendo a hora dela abrir os olhos...


Rodin


Logo que se entra no museu o primeiro baque é por conta da diminuição de motivos religiosos nos trabalhos. Eles ainda existem, mas em número bem menor que nos outros museus que eu havia visitado. O segundo baque vem pela maneira distinta com que esses artistas mais modernos tentavam retratar a realidade. Boa parte deles conviveu lado a lado com a era da fotografia, e simplesmente copiar o mundo tal como nossos olhos o vêem era algo que a máquina fazia bem melhor.

Bom, tudo isso pra dizer que Orsay é outro mundo em relação aos museus mais focados na renascença. É como comparar uma página de jornal do inicio do século 20 a um website lotado de icones piscando e coisas que se movimentam. No dia anterior eu estava em um museu cheio de rostos iguais, poses iguais, motivos iguais, agora estava diante de uma profusão de formas, cores, movimentos, escolas e maneiras diferentes de enxergar a realidade. Depois de ter passado por Roma, Lucca, Cortona e Florença, aquilo tudo era um sinal de que eu estava quase de volta ao século 21.

Depois do Orsay, eu deveria ir pro Arco do Triunfo. O objetivo era subir lá ao entardecer pra ver Paris à noite. Mas como eu ainda tinha tempo, dei mais uma passadinha na Torre Eiffel pra descansar.

Eu dormindo na graminha da torre... não me perguntem como eu tiro foto dormindo

Ali eu percebi como essa gringaiada adora sol. É impressionante! Enquanto eu fazia de tudo pra ficar na sombra, eles corriam pro sol e ficavam lá esturricando. Teve um restaurante, por exemplo, em que pedi pra me arrumarem outra mesa apenas pra que eu pudesse sair do sol. Pouco tempo depois vi um casal de gringos pedindo exatamente o contrário.

Fiquei um tempão lá cochilando e quando fui perceber já era bem tarde. Achei melhor rumar pro Arco do Triunfo, passando por aquela rua que é uma imitação barata dos Campos Elíseos paulistano.


Eles não têm originalidade e copiam o nome do bairro de SP

Outdoor anunciando filme em um cinema da Champs-Élysées.

Propaganda do Ronaldo

As coisas são bem baratinhas na Champs-Élysées, é praticamente uma 25 de março francesa. Quando cheguei ao final da avenida, onde fica o Arco, já eram praticamente oito da noite. Óbvio que eu achava que tinha elevador pra subir naquela troço, mais óbvio ainda é o fato de que me lasquei. Tem que subir tudo na raça, de escada.

A escada terrível e interminável

Lá de cima tem-se uma visão sensacional de Paris. Eu acho ainda mais legal do que subir na torre, simplesmente por que subindo na torre você não consegue ver a torre. Já no Arco do Triunfo não tem esse problema.

Eu já contei que meu objetivo era ver Paris à noite, certo? Pois bem, cheguei lá em cima oito da noite e esperei calmamente pela chegada da escuridão. Esperei... esperei... esperei... e continuava claro!! Deus do céu, não anoitece NUNCA em Paris, é absolutamente impressionante! Só ficou escuro de verdade depois das 22hs.

Essa foto tirei às 21:32, olha o clarão do sol ali provando que ainda não era noite coisíssima nenhuma.

A Champs-Élysées

A torre iluminada

Depois que eu desci, apoveitei pra fotografar o arco à noite


MCDONALD'S

Preciso fazer um adendo aqui. No dia anterior eu tinha ido ao McDondald's, pra cumprir aquela meta que falei pra vocês, e dessa vez descobri uma diferença: Eles me deram um molho pra por na batata frita, algo que nunca tinha visto em nenhum outro McDonald's. Eu acho a batata frita sozinha muito sem graça e adoro lambuzar tudo com muitos molhos. Esse de Paris era sensacional. Vou começar imediatamente uma campanha pra trazerem pro Brasil

O genial molho pra batata frita

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