domingo, 10 de maio de 2009

Dia 16 - Paris

Meu último ia em Paris precisava ser bem curto. Às 18hs eu tinha que estar no trem de volta pra Roma, então resolvi ir apenas no "Les Invalides", onde fica o museu militar de Paris e onde está a tumba do francês mais famoso de todos os tempos depois de Alain Prost


O muro já deixo claro qual o assunto tratado lá dentro


A fachada do museu. Eu vi a placa STOP e fiquei com medo de entrar e o guarda xingar... fiquei um tempão ali parado pra ver se aparecia alguém e entrava.... só depois percebi que a placa era destinada a automóveis =p


A tumba de Napoleão

O museu abriga armas, armaduras e reliquias de guerra de diversos povos desde a antiguidade. Tem desde armaduras de samurais japoneses e cavaleiros medievais até uniformes de soldados da segunda guerra. É justamente nessa guerra que se concentra a maior parte do acervo do museu, principalmente no afã de destacar a participação francesa no conflito.

Mas vou falar uma coisa, é extremamente desgastante psicologicamnte visitar um museu sobre guerra. Muitos cenários representados ali retratavam a crueldade das batalhas e até o quâo horripilante era o simples fato de estar em uma zona de conflito. E ainda tinham as armas! dezenas delas, e todas com o único objetivo de matar outros seres humanos. Mas é claro que tudo isso é envolto em uma aura propagandista, e mesmo o horror da guerra pode parecer atraente se for exibido sob o prisma correto.


Um tanque

Existe alguém que está contando com você



Veja que uniforme lindo fizemos pra você


Isso sim é assustador


Pra gente que vive em um país em que os militares não tem uma imagem muito boa, é bastante curioso observar o brilho nos olhos dos franceses que contemplam aquelas peças todas. A forte tradição militar deles, aliás, é algo que me chamou muito a atenção durante o todo o tempo em que estive lá. Em quase todo canto da cidade há monumetos ou placas pra trazer à memória algum conflito de que a França tenha participado e para homenagear aqueles que lutaram.

Não posso dizer que tenha saído de lá sorrindo, mas de qualquer forma foi uma experiência enriquecedora.

Depois do museu dei uma passadinha rápida em Notre Dame, antes de ir pra estação.




A catedral de Notre Dame


A COMIDA


Eu fiquei quatro dias na França e não comi absolutamente nada de comida francesa. A barreira da lingua foi a principal razão pra isso. Cara, eu não tinha a menor noção do que estava escrito no menu. Além de eu não entender francês, ainda escreviam tudo em um garrancho incompreensível, impossibilitando que eu tivesse qualquer contato com a culinária frances. Em todo restaurante que eu ia era a mesma joça, eu parava diante da lousa onde estava escrito o menu ficava tentando, sem sucesso, decifrar o nome dos quitutes


Como diacho vou entender o que está escrtito aí????


Na Italia é quase tudo é escrito também em inglês. E olha que nem precisava, por que o italiano é até bem fácil de entender. Além disso, a gente importou o nome de bilhôes de pratos deles, então não há muita dificuldade em saber o que é um espaguete à bolonhosa ou uma pizza marguerita. Agora na França não é assim. Não tem NADA traduzido, mesmo a explicação dos quadros no Louvre era escrita apenas em francês. Resumindo, eu não conseguia fazer ideia do que estava escrito no menu.

Isso sem falar nos preços... Paris foi, de longe, a cidade mais cara que visitei.


NA ESTRADA DE NOVO

A viagem de volta pra Roma foi infinitamente mais tranquila. Eu agora estva na cama de cima, que tinha espaço suficiente pra acomodar o meu 1.88m sem muito contorcionismo. O quarto também tinha muta gente legal, um cara de Gana que vivia no Canadá, uma menina do México e outra italiana, um tiozinho italiano doidão e um asiático que não abriu a boca a viagem toda.

Ah, só teve um pequeno probleminha: a escada que a gente usa pra subir nas camas é feita de ferro e é presa em um suporte também de ferro. Não sei por que, mas o gancho que prende a escada estava frouxo, e como o trem treme bastante, a escada ficava batendo contra o suporte e o barulho do ferro com ferro impedia qualquer um de pegar no sono.

Como eu era o único brasileiro por ali, só eu podia fazer uma gambiarra tipicamente brasileira e resolver o problema. Peguei meu caderninho, arranquei uma folha e dobrei de modo que ela servisse de calço pra escada, impedindo que ela ficasse frouxa ao mesmo tempo em que eliminava o contato do ferro com ferro.

Coisa de gênio, até hoje eles me veem como uma espécie de messias brasileiro salvador do sono gringo



Com o chacoalhar do trem, a escada ficava batendo e não deixava o povo dormir....

....mas a gambiarra tipicamente brasileira resolveu o problema











Nenhum comentário:

Postar um comentário